domingo, 12 de abril de 2009

Páscoa na América Latina: momento de reflexão pessoal e comunitária

No Uruguai, o presidente da Conferência Episcopal, Dom Carlos M. Collazzi Irazábal, manifestou sua preocupação com o aumento da tensão na campanha eleitoral, em sua mensagem de Páscoa. Para o bispo, a Páscoa é uma oportunidade para que os cristãos saiam da inércia e da mediocridade, para que sua vida seja um compromisso com o Evangelho. "Convido todos os cristãos para que, com abertura de coração, coerência e responsabilidade, façamos nossas opções em um clima de diálogo, de respeito, de compreensão, de busca da defesa de todos os valores, em uma sociedade que corre o risco de se dividir. Devemos buscar soluções, e não confrontos que não nos levam a nada. As radicalizações prejudicam" – escreve. No Peru, o presidente da Conferência Episcopal (CEP), Dom Hector Miguel Cabrejos Vidarte, pediu à população, inclusive a autoridades e dirigentes políticos, que a Semana Santa sirva de reflexão e de união entre os peruanos.Para Dom Cabrejos Vidarte, os peruanos devem deixar de lado as diferenças e aproveitar esses dias para refletir, entre outros aspectos, sobre como contribuir com os mais necessitados. "Na data em que se recorda a vida, a paixão e a morte de Jesus Cristo, é necessário que os peruanos se reconciliem com Deus e com o próximo" – disse o arcebispo. Na Argentina, o arcebispo de Buenos Aires e primaz do país, Card. Jorge Mario Bergoglio, recordou a necessidade de que toda a capital seja ungida. "O espaço físico de nossa cidade necessita ser ungido, como se ungem as igrejas e os altares. Nossa cidade necessita ser ungida onde a bondade se vive naturalmente, nas casas de família, nas escolas, nos hospitais, nas maternidades onde a vida começa, e também onde a vida sofre e termina. Necessita ser ungida para que essa bondade se consolide e se expanda em nossa sociedade" – destacou o cardeal. O arcebispo de Buenos Aires acrescentou que a cidade também necessita ser ungida nos espaços de injustiça social e econômica, nos espaços que são terra de ninguém, e passam a ser ocupados por interesses egoístas.